IX JOGOS SUL-AMERICANOS: MÁRCIO VIEIRA É A VOZ DA EXPERIÊNCIA DO BOLICHE BRASILEIRO

Considerado por muitos como uma diversão de fim de semana, para um seleto grupo de brasileiros, o boliche representa muito mais.

A modalidade esportiva, presente no Jogos Sul-Americanos de Medellín é um estilo de vida para seus praticantes mais assíduos. Para Márcio Vieira, 56 anos, mais de 30 deles dedicados ao esporte, o esporte se confunde com sua vida. E foi através da modalidade, que Márcio conquistou títulos e muitas medalhas, incluindo 13 em Jogos Sul-Americanos, o que faz do atleta um dos maiores medalhistas da História da competição continental.

O carioca fez o caminho inverso da maioria dos praticantes da modalidade. Seu início no esporte foi como técnico e dirigente, em 1977. Dez anos mais tarde, já com uma boa experiência, foi convocado para a Seleção Brasileira, como atleta pela primeira vez.

Um dos mais experientes deste esporte no país, Márcio é detentor de uma galeria recheada de conquistas. Somente em Jogos Sul-americanos, organizados pela Organização Desportiva Sul-Americana (Odesur), é detentor de 13 medalhas, sendo três em Buenos Aires-2006, seis no Brasil-2002, três em Cuenca 98 e uma em Lima-90.

Em Medellín, o maior medalhista em atividade nos Jogos está disposto a aumentar sua marca pessoal e contribuir para um bom desempenho do Brasil no quadro de medalhas. Márcio disputa nesta quinta-feira o torneio de duplas, ao lado de Walter Costa.

Márcio é a voz da experiência numa equipe que tem jovens de até 22 anos representando o Brasil. O atleta segue disposto a continuar lutando pela disseminação do boliche no Brasil. Os resultados internacionais obtidos nos últimos anos são provas da determinação e qualidade de Márcio.

“Estamos em um momento de transição na equipe, onde os jovens valores começam a ganhar experiência internacional. Tenho certeza de que em dois anos voltaremos alcançar resultados de destaque como já vimos fazendo há algum tempo. Desde 1996 jogamos sete campeonatos continentais e vencemos cinco”, revelou.

Sobre o futuro, pensa em continuar na missão de difundir o esporte visando a maior participação em torno do boliche.

“O custo dos equipamentos é realmente muito alto, daí a dificuldade de termos mais participantes”, admite. Outra integrante da equipe nacional, Marizete Scheer, de 36 anos, que conquistou a medalha de bronze na categoria individual dos Jogos Sul-americanos Medellín 2010 diz que falta conhecimento do público.

“Outro dia na Vila Sul-americana, um atleta surpreendeu e perguntou se o boliche era realmente um esporte”, conta.

A modalidade pode não ser tão difundida no aspecto competitivo, mas para os desportistas da Seleção Brasileira, não há nada mais importante do que um belo strike e os dez pinos derrubados no chão.

“Dou minha vida pelo boliche. O esporte está crescendo e vai chegar ao lugar que merece”, sentenciou Roseli Santos, que além da prática esportiva é empresária.

(Matéria original publicada no site do C.O.B. Comitê Olímpico Brasileiro)

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