Arquivo da categoria: ARTIGOS PESSOAIS

A CRISE FEZ STRIKE NO BOLICHE E 900 PISTAS FORAM FECHADAS

bowling_closed3Neste domingo, primeiro dia do ano novo de 2017, fiz uma atualização na página que criei no Boliche Online sob o título “Onde Jogar”.

Analisando e comparando os dados atuais com os anteriores, conclui-se que a crise do país nos últimos anos atingiu em cheio o mercado do Boliche no Brasil.

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MAS QUE CRETINO ESSE DOUGLAS SOUZA!

douglas_repolhoNem sabia que ele estava doente e internado quando recebi a chocante notícia da sua morte. Mais um amigo levado por essa doença terrível, o câncer. Injusto, muito injusto. Até parece mais uma brincadeira desse cara do bem que estava sempre rindo e curtindo a vida adoidado.

Foi a única pessoa que conheci que chamava os outros de cretino e ninguém se ofendia, porque sabíamos que a palavra vinha recheada com carinho, antes de uma frase engraçada ou uma piada.

Uma vez, no extinto Planet Bowling, o Douglas desandou a fazer strikes a cada lançamento da bola, era um de um jeito e outro de outro, não importava qual pino a bola batesse e lá iam os dez pinos pro chão. Aí ele gritava: “O filho é feio, mas é meu.” Todos riam, ele mais que os outros. Então comentei que os strikes dele pareciam orelha de lutador de MMA, aquelas deformadas com aparência de repolho, a gente sabe que é orelha, mas parece repolho. E adaptei, a gente sabe que é strike, mas é repolho… A partir daí, ao invés de se incomodar, ele adotou a brincadeira e virou seu estilo próprio. Quem fizesse um strike esquisito, estaria copiando o strike repolho do Douglas. Numa Taça do seu clube Campineiro, à época, mandou fazer várias toalhinhas com um repolho bordado. Tenho a minha guardada até hoje.

Assim era o Douglas, companheiro, divertido, boa praça e bom jogador. Raridade nos tempos atuais. Fará falta.

Descanse em paz, repolhão!

(17 de outubro de 2016)

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MENSAGEM AOS PARTICIPANTES DA TAÇA PINHEIROS E COPA BRASIL QUBICAAMF

bira_51bwcAgradeço a todos pela atenção, paciência e perseverança nessa maratona de boliche, tanto para os mais de 60 jogadores quanto para os organizadores, iniciada em 27 de junho e que agitou todos os envolvidos durante 11 dias e noites, 13 rodadas e 1.568 games, computados e classificados em três eventos simultâneos, as Taça & Copa Pinheiros e a Copa Brasil QubicaAMF.

A XI Taça Pinheiros teve 1.258 games jogados por 8 crianças, 21 mulheres e 30 homens, em 13 rodadas mais as finais com 6 divisões.

A I Copa Pinheiros – Geraldo Couto dos sócios do Esporte Clube Pinheiros foi disputada simultaneamente com a XI Taça Pinheiros e teve 6 divisões, uma com as crianças sub-14, outra da sênior feminina, duas femininas e duas masculinas.

A XXV Copa Brasil QubicaAMF, classificatória para a 52nd Bowling World Cup, que será disputada em Xangai, na China, de 14 a 23 de outubro, teve 310 games jogados por 17 homens e 10 mulheres, em
4 fases mais as finais masculina e feminina.

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A ÚLTIMA BATALHA DO GENERAL COUTO

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Neste 25 de junho perdemos a companhia de um grande incentivador do esporte Boliche.

Geraldo Couto, carinhosamente apelidado General pelos amigos, dentista de profissão, veterano atleta paulista, sempre jogando pelo Esporte Clube Pinheiros, foi nosso representante em vários torneios estaduais, nacionais e internacionais, como em duas edições da Copa Mundial de Boliche AMF, na 22.ª em 1986 em Copenhagen, na Dinarmarca, e em 1988 na 24.ª, em Guadalajara, no México.

Nos últimos anos travou uma guerra contra um inimigo terrível, o câncer. Suportou o doloroso tratamento com altivez, coragem e humildade. Porém o traiçoeiro inimigo intensificou seus ataques e o nosso querido General capitulou.

Geraldo deixa Janice, sua esposa e companheira inseparável, também atleta paulista, e os filhos Geraldo Neto e Priscila, além de incontáveis amigos que ele tanto incentivou na prática do esporte Boliche. Continuar lendo

ADEUS AMERICO SCHEFTSIK, JORNALISTA ESPORTIVO

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“Rodeado pela família e amigos, em seu sexagésimo quinto ano, Americo perdeu sua longa batalha contra o câncer, na UTI do Centro de Saúde Queensway Trillium, em 31 de dezembro de 2015.

Na presença de sua esposa, Kristina, seu filho, Andrew, seu irmão Andres e muitos primos e família no exterior, todos nós estamos profundamente entristecidos, mas também aliviados porque ele não mais padece de tanta dor e sofrimento na sua heroica batalha, que durou cinco anos extremamente difíceis.

Americo deixa para nós um legado de conhecimento, respeito, bom humor e compaixão pelos outros. Era muito querido pela família e muitos amigos em todo o planeta.

A família manifesta agradecimento a todos os enfermeiros, companheiros incríveis nessa traumática jornada, em ambas as unidades de oncologia e UTI, que o ajudaram a ter o máximo de conforto possível, ao Dr. Terry Kwan, ao Dr. Anthony Hung, excepcionais em seus cuidados, e aos muitos amigos e familiares que mantiveram contato por e-mail, Skype, FaceBook ou fazendo visitas pessoais nos seus últimos meses.”

(traduzido do obituário publicado em http://www.legacy.com/obituaries/thestar/obituary.aspx?pid=177130639#sthash.Q3xwEB7N.dpuf)

Pessoalmente, registro minha tristeza pela ausência desse amigo jornalista, dos nossos inesquecíveis encontros anuais de uma semana, durante as Copas do Mundo de Boliche, em várias cidades de vários países.

Ouvir as histórias do Americo eram momentos mágicos, quase cinematográficos, principalmente quando falava de sua origem húngara argentina e de suas dezenas de viagens, ilustradas por milhares de fotos.

O Americo tinha um estilo peculiar de descrever os acontecimentos esportivos, em especial os do boliche, destacando mais os aspectos humanos e sociais que os detalhes técnicos.

Adios Palo Uno.

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O FIM DO PLANET BOWLING

planet_ bowling_fimFaltando apenas alguns dias para completar  vinte anos de instalação, o Planet Bowling não resistiu à crise administrativa e financeira e fechou definitivamente suas pistas ao público, no início deste mês de dezembro.

O mais difícil foi selecionar os eventos mais importantes ocorridos nestes vinte anos de funcionamento, palco de milhares de campeonatos, torneios, confraternizações, gravações de comerciais, filmagens, como esse feito para a TAM em 2005:
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William Macedo, a morte precoce de um trabalhador do boliche

474214_295774207178374_252846357_o(por Bira Teodoro)

Durante os meses que gerenciei o Dragon Bowling do Shopping Center Norte, na capital paulista, tive a ajuda de vários colegas de trabalho.

Um deles foi o William Macedo, encarregado da mecânica e manutenção das máquinas.

Logo na primeira semana percebi que suas habilidades transcendiam o seu cargo de mecânico chefe. Tinha um temperamento sisudo e forte, mas raramente recusava uma tarefa, principalmente quando desafiava sua criatividade inventora. Até brincávamos com ele, chamando-o de Professor Pardal, o inventor, personagem do mundo Disney em Patópolis.

Precisávamos informar nossos clientes sobre o horário de abertura e fechamento das pistas e, a partir de uma simples sugestão, em pouco tempo o William inventou uma solução para o problema, instalou dois grandes monitores ligados a um computador, que rodava um programa gráfico também feito por ele, informando as horas e divulgando os produtos oferecidos em nossa lanchonete. Foi um sucesso imediato.

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Pra que servem olhos verdes em gente feia?

marty_feldman3Novamente algumas palavras sobre o rumo do esporte boliche no Brasil.

Neste domingo, dia 23,  terminou o mais importante evento brasileiro de seleções de boliche.  Foram três campeonatos simultâneos, o Brasileiro de Seleções, a Taça Brasil de Seleções e a de Tercetos, realizados em duas sedes, o Boliche Social Clube do Barra Shopping e o do Norte Shopping.

O tradicional Campeonato Brasileiro de Seleções festejou sua 34.ª edição com a participação de atletas de oito Estados, 48 homens e 42 mulheres. A Taça Brasil de Seleções teve 30 participantes e a Taça Brasil de Tercetos teve 36 inscritos.

O expressivo número de participantes (156) comprova que o esporte boliche no Brasil pode estar atravessando uma fase difícil, porém ainda tem um grande potencial a ser explorado.

O congraçamento entre os jogadores, mesmo com as disputas acirradas, foi o principal destaque positivo do evento, assim como a possibilidade de os premiados com Ouro, Prata e Bronze, poderem solicitar bolsa-atleta no próximo ano junto ao Ministério do Esporte. Continuar lendo

Histórias da Copa Mundial de Boliche: um casal real que não era real, mas são reis realmente

50th_WBC_qubicaamf_pqConheci dezenas de pessoas de todas as nacionalidades nas minhas nove participações da Copa Mundial de Boliche. Na primeira, em 2005, fui  jogador e jornalista, nas demais somente como Press Bowler, exceto a de 2010 na França, a qual não fui.

Também conheci lugares interessantes e países que talvez não conheceria se não fosse por esse maior evento do boliche mundial há 50 anos, completados agora em 2014, sempre com o patrocínio da AMF, depois QubicaAMF e agora Bowlmor QubicaAMF.

nasheeha_kingUma dessas pessoas adoráveis que conheci foi a simpática e atenciosa dona-de-casa Nasheeha King, representando a atual República do Maurício, outrora conhecida por nós brasileiros como Ilhas Maurício, mas também identificada como República da Maurícia oficialmente e na Europa.

É um país insular localizado no oceano Índico, constituído pelas ilhas Mascarenhas orientais e por dois arquipélagos mais ao norte. Tem cerca de 1,3 milhão de habitantes e uns 2.000 km² de território.

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Histórias da Copa Mundial de Boliche: O incrível Marc Du, jogador guianense

50th_WBC_qubicaamf_pqComo de costume estava navegando na internet, no lobby do elegante e confortável Hotel Orbis, na polonesa Wraclow (Breslávia), quando fui abordado por um competidor da Copa Mundial de Boliche, que se apresentou como Marc Du, vindo da Guiana Francesa.

Muito simpático e falante, ele começou a conversar em francês, quando o interrompi dizendo que não sabia falar essa língua, então ele disse: tudo bem, vamos falar em português… rs

Aí o papo rolou solto… ele contou sobre a vida na Guiana Francesa, que está relacionada nesta Copa Mundial como um país, mas na verdade é um “departamento ultramarino” da França, com pouco mais que 83.000 quilômetros de extensão e cerca de 250 mil habitantes, fazendo divisa com o nosso Amapá. Sua capital é Caiena.

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